04 setembro 2009

"Artista do convívio e Exagerado"



Um certo dia, ainda naquela fase de pré-adolescente pra adolescente eu andava meio "Down",meio apaixonado. E o engraçado é que eu tinha ótimas chances com a menina, mas tinha medo de chegar até ela e dizer o que eu sentia. E a única maneira de chamar a atenção, foi eu sendo eu mesmo (palhaço, ladrão de cenas, libertino, etc.) mas por incrível que pareça sempre me faltava algo além de coragem de chegar, acho que era medo de me prender em alguém ou de ter alguém e ser traído, sei lá!O fato é que eu não conseguia viver preso.
No mesmo ano eu comecei a ter mais afinidades com a obra desse Cara chamado de CAZUZA, pra alguns um anjo rebelde, um poeta de sua época, etc. Pra mim ele significou a pura liberdade que eu tanto cobiçava, e, desde então eu cada vez mais fui me aprofundando na história desse maluco e sem medo de dizer eu encontrei uma forma de ideologia minha, que eu já tinha e que precisava ser reafirmada. E assim mais ainda fui levando a minha vida como ele levou a dele: na arte.
Eu sempre gostei das musicas dele, sempre o escutei desde moleque, mas fique doido quando eu comecei a beber e endoidar nas noites, parece que a mesma pressa que ele tinha de viver eu tinha em mim, mesmo sem querer imitá-lo já o imitando. E junto com tudo isso veio também uma vontade enorme de querer me expressar e daí em diante eu nunca mais parei de escrever, e, tive cada vez mais motivos para escrever. E assim até hoje ele é o artista do meu convívio e quem me deixou mais exagerado.